Editorial: As dimensões de gênero, raça e etnia com freqüência estão entrelaçadas no ciclo de descriminação, pobreza e ausência de oportunidades. Contribuir para transformar esta realidade é a missão do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia. E não estamos sós: 757 municípios brasileiros celebraram, em 20 de Novembro, o Dia da Consciência Negra, data dedicada à reflexão sobre o papel dos afro-descendentes na sociedade brasileira e à luta por igualdade de oportunidades.
Estávamos unidos também no Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher (25 de Novembro): 26 das 27 unidades federativas aderiram ao Pacto Nacional pelo Enfrentamento à violência contra a mulher. E continuávamos juntos quando, em 6 de Dezembro, brasileiros renovaram o compromisso de não agredir mulheres e de jamais silenciar quanto à violência de gênero, na “Campanha do Laço Branco: homens pelo fim da violência contra a mulher”.
No Dia dos Direitos Humanos, 62º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1º de Dezembro), os internautas brasileiros manifestaram o seu apoio aos direitos fundamentais de todos e todas. Agradecemos pela participação no twittaço! Como o Dia da Consciência Negra e o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, o 1º de Dezembro é, também, uma data muito importante para nós, que trabalhamos pela equidade de gênero, raça e etnia.
Como afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o documento não se chama “declaração parcial” ou “declaração condicional” dos direitos humanos: “é a Declaração Universal – sem exceção.” Confrontar o preconceito “requer que todos nós façamos nossa parte, nos façamos ouvir — em casa, no trabalho, em nossas escolas e comunidades — em solidariedade.” É esse o espírito do natal, do diwalli, dos eids islâmicos: a idéia, universal, de que somos parte de uma mesma família humana, solidária.
Neste réveillon, celebraremos também a chegada do Ano Internacional dos Afrodescendentes. Homenagear, em 2011, os povos de origem africana foi uma iniciativa da Assembleia-Geral da ONU, em reconhecimento da necessidade de se combater o racismo e as desigualdades econômicas e sociais. A iniciativa é, também, um reconhecimento da enorme contribuição cultural e econômica dos descendentes de africanos em todo o mundo.
Edição 02
Brasília, 22 de dezembro de 2010
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