Segundo Kassab, cerca de 200 unidades serão construídas. Parte do dinheiro virá de venda de terreno hoje ocupado pela Apae. A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (3) um convênio com a Associação de Pais e Amigos do Excepcional (Apae) que irá possibilitar a construção de duas novas unidades da Apae e cerca de 200 creches na capital paulista. Segundo o prefeito Gilberto Kassab, serão criadas 30 mil novas vagas. Para isso, uma unidade da associação hoje existente em um terreno da administração municipal na Avenida Horácio Lafer, Zona Sul da cidade, será desativada. A área será vendida e o valor pago será utilizado nas construções.
Segundo o prefeito, a empresa que ganhar a licitação será responsável por construir tanto as unidades da Apae quanto as creches. “A Apae saíra dessa unidade para duas novas unidades que serão construídas pela Prefeitura onde ela poderá atender com mais eficiência seu público”, disse Kassab.
A quantidade exata de creches que serão construídas será definida pela licitação – o modelo do documento deve sair nas próximas semanas, segundo Kassab. Ele não quis adiantar uma possível data para o início da construção das creches, disse apenas que será “o mais rápido possível”. Ele também não informou a previsão de conclusão das obras. Ainda segundo o prefeito, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico está fazendo os levantamentos para definir o valor do terreno que será vendido.
A princípio, a Apae só deixaria o terreno que será vendido depois que as duas novas unidades ficarem prontas. O presidente da entidade, Cássio Clemente, disse nesta manhã que ainda está negociando com a Prefeitura a construção de um terceiro prédio por meio da parceria. “O prefeito de imediato se dispôs com duas, e a estudar uma terceira. Nós vamos insistir para que tenhamos três.”
A entidade está pesquisando onde será melhor construir as novas unidades. “Estamos pesquisando as áreas com maior densidade, maior foco de interesse, para que o objetivo seja atingido, de melhor atendimento, e não simplesmente duas novas unidades. Já temos alguns gargalos, agora estamos identificando os terrenos”, explicou ele. A entidade irá indicar à Prefeitura seus locais de preferência para que a administração possa verificar a disponibilidade de área para construção. Isso deve ser feito até o fim de janeiro.
A unidade que será desativada, segundo Clemente, apresenta problemas de acesso. “Hoje nós estamos implantados em uma região que passou a ser de moradias nobres, porém que não tem aceso de Metrô, não tem facilidade de meio de transporte”. A Apae funciona no terreno há 32 anos.
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Os Vecinhos dão sua opinião
VENDA DE TERRENO MUNICIPAL NO ITAIM BIBI
Venho, como assinante do prestigioso Estadão, solicitar a publicação da minha análise crítica a respeito do que tem sido noticiado pela imprensa, que a Prefeitura de São Paulo pretende vender à iniciativa privada o imóvel de sua propriedade situado na Rua Horácio Lafer, no Bairro do Itaim Bibi.
Nesse terreno, que mede 20 mil metros quadrados, existem, em pleno e excelente funcionamento, entidades de utilidade pública, como creche, duas escolas, biblioteca com auditório, ambulatório médico (UBS) e Apae, e nele poderá ser construído, por empresa privada, empreendimento imobiliário com cerca de 120 mil metros quadrados, numa região totalmente saturada e ainda com gigantescas obras particulares em andamento. No entorno, estão em construção, dentre outros, dois enormes prédios comerciais na Avenida Brigadeiro Faria Lima e dois outros muito grandes também na Rua Lopes Neto e, muito próximo dali um grandioso complexo comercial na Avenida Juscelino Kubitschek (shopping center e duas enormes torres de escritórios).
Acontece que a Municipalidade tinha aprovado a louvável Lei do Zoneamento, que disciplina o uso e a ocupação do solo na cidade, na qual tinha determinado que, para a região, o coeficiente máximo de aproveitamento do terreno para construção era de duas vezes a sua área. Porém o próprio Poder Público Municipal criou, com propósitos meramente arrecadatórios, a Operação Urbana Faria Lima, a qual permitiu a construção de até quatro vezes a área do terreno, em troca da venda de Cepacs, descumprindo assim o limite da Lei do Zoneamento e causando a total saturação da ocupação do bairro, o que resultou na desordem dos serviços públicos (transporte coletivo, fornecimento de energia elétrica, etc.), congestionamento permanente do trânsito, poluição sonora e outros transtornos aos usuários do Itaim. Agora, em mais uma iniciativa que visa à arrecadação, pretende transformar uma área, até então pouco adensada construtivamente, numa futura edificação, asfixiante e polo gerador de tráfego, agravando o desrespeito ao zoneamento inicialmente planejado.
A proposta de permutar o imóvel do Itaim pela construção de creches é extremamente danosa ao bairro, sendo que a Prefeitura é proprietária de incontável número de terrenos permutáveis por creches sem causar as desastrosas consequências desse irracional plano em estudo.
Além do mais, o preço divulgado de venda do terreno é de R$ 1.000 a R$ 1.500 por metro quadrado, muito inferior ao valor venal lançado no IPTU dos imóveis fronteiriços à Rua Horácio Lafer.
Segundo o prefeito, a empresa que ganhar a licitação será responsável por construir tanto as unidades da Apae quanto as creches. “A Apae saíra dessa unidade para duas novas unidades que serão construídas pela Prefeitura onde ela poderá atender com mais eficiência seu público”, disse Kassab.
A quantidade exata de creches que serão construídas será definida pela licitação – o modelo do documento deve sair nas próximas semanas, segundo Kassab. Ele não quis adiantar uma possível data para o início da construção das creches, disse apenas que será “o mais rápido possível”. Ele também não informou a previsão de conclusão das obras. Ainda segundo o prefeito, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico está fazendo os levantamentos para definir o valor do terreno que será vendido.
A princípio, a Apae só deixaria o terreno que será vendido depois que as duas novas unidades ficarem prontas. O presidente da entidade, Cássio Clemente, disse nesta manhã que ainda está negociando com a Prefeitura a construção de um terceiro prédio por meio da parceria. “O prefeito de imediato se dispôs com duas, e a estudar uma terceira. Nós vamos insistir para que tenhamos três.”
A entidade está pesquisando onde será melhor construir as novas unidades. “Estamos pesquisando as áreas com maior densidade, maior foco de interesse, para que o objetivo seja atingido, de melhor atendimento, e não simplesmente duas novas unidades. Já temos alguns gargalos, agora estamos identificando os terrenos”, explicou ele. A entidade irá indicar à Prefeitura seus locais de preferência para que a administração possa verificar a disponibilidade de área para construção. Isso deve ser feito até o fim de janeiro.
A unidade que será desativada, segundo Clemente, apresenta problemas de acesso. “Hoje nós estamos implantados em uma região que passou a ser de moradias nobres, porém que não tem aceso de Metrô, não tem facilidade de meio de transporte”. A Apae funciona no terreno há 32 anos.
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VENDA DE TERRENO MUNICIPAL NO ITAIM BIBI
Venho, como assinante do prestigioso Estadão, solicitar a publicação da minha análise crítica a respeito do que tem sido noticiado pela imprensa, que a Prefeitura de São Paulo pretende vender à iniciativa privada o imóvel de sua propriedade situado na Rua Horácio Lafer, no Bairro do Itaim Bibi.
Nesse terreno, que mede 20 mil metros quadrados, existem, em pleno e excelente funcionamento, entidades de utilidade pública, como creche, duas escolas, biblioteca com auditório, ambulatório médico (UBS) e Apae, e nele poderá ser construído, por empresa privada, empreendimento imobiliário com cerca de 120 mil metros quadrados, numa região totalmente saturada e ainda com gigantescas obras particulares em andamento. No entorno, estão em construção, dentre outros, dois enormes prédios comerciais na Avenida Brigadeiro Faria Lima e dois outros muito grandes também na Rua Lopes Neto e, muito próximo dali um grandioso complexo comercial na Avenida Juscelino Kubitschek (shopping center e duas enormes torres de escritórios).
Acontece que a Municipalidade tinha aprovado a louvável Lei do Zoneamento, que disciplina o uso e a ocupação do solo na cidade, na qual tinha determinado que, para a região, o coeficiente máximo de aproveitamento do terreno para construção era de duas vezes a sua área. Porém o próprio Poder Público Municipal criou, com propósitos meramente arrecadatórios, a Operação Urbana Faria Lima, a qual permitiu a construção de até quatro vezes a área do terreno, em troca da venda de Cepacs, descumprindo assim o limite da Lei do Zoneamento e causando a total saturação da ocupação do bairro, o que resultou na desordem dos serviços públicos (transporte coletivo, fornecimento de energia elétrica, etc.), congestionamento permanente do trânsito, poluição sonora e outros transtornos aos usuários do Itaim. Agora, em mais uma iniciativa que visa à arrecadação, pretende transformar uma área, até então pouco adensada construtivamente, numa futura edificação, asfixiante e polo gerador de tráfego, agravando o desrespeito ao zoneamento inicialmente planejado.
A proposta de permutar o imóvel do Itaim pela construção de creches é extremamente danosa ao bairro, sendo que a Prefeitura é proprietária de incontável número de terrenos permutáveis por creches sem causar as desastrosas consequências desse irracional plano em estudo.
Além do mais, o preço divulgado de venda do terreno é de R$ 1.000 a R$ 1.500 por metro quadrado, muito inferior ao valor venal lançado no IPTU dos imóveis fronteiriços à Rua Horácio Lafer.
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