Montanha de lixo juntado no terreno da alameda Eduardo Prado. Moradores reclamam que sujeira atrai ratos e baratas em Campos Elíseos.Quatro famílias que ocupam ilegalmente duas residências no bairro Campos Elíseos, região central de São Paulo, juntam uma montanha de lixo no pátio, o que incomoda os vizinhos. Segundo comerciantes e moradores, o entulho atrai ratos e baratas.
A história dessa ocupação começa com uma situação dramática. Em setembro de 2009, uma mulher que morava nesses imóveis tentou atear fogo ao próprio corpo, o que provocou um incêndio que atingiu os dois imóveis, localizados na alameda Eduardo Prado.
A pensão que lá funcionava foi completamente destruída. A prefeitura chegou a erguer muros e a isolar os imóveis, mas isso foi inútil. Famílias ocuparam o local e, desde então, foram despejadas várias vezes.
Veja mais images da ocupação em : http://migre.me/3FePj
O último despejo se deu em março do ano passado. As famílias, que alegam não terem sido atendidas em programas habitacionais da prefeitura, buscaram a Defensoria Pública, que emitiu ofício pedindo urgência na resolução do caso. Até agora, nada foi feito.
A faxineira Cristiane da Silva se mudou com marido e três filhos para o casarão após ser despejada de uma pensão por falta de pagamento. Pouco tempo depois, foram retirados do local, segundo eles, de forma violenta por funcionários da subprefeitura.
- Tiraram a gente em um desses dias de temporal e saímos com as crianças, no meio daquela chuva, com o risco de adoecer. Não deixaram a gente pegar nada e nos levaram para um abrigo, sem a gente falar com assistente social.
De acordo com Cristiane, a Defensoria Pública orientou que a família retornasse para o terreno até que fossem atendidos por algum programa social. Hoje, quase nove meses depois, moram no local oito adultos e sete crianças em situação extremamente precária.
Paredes rachadas, falta de telhado em algumas partes, goteiras e esgoto a céu aberto são os principais problemas. O entulho retirado do porão foi colocado na frente da casa.
- Chamamos a caçamba para retirar o lixo, mas estamos todos sem emprego aqui e essas coisas não são baratas. Também estamos tentando consertar a casa. Já retiramos a madeiras queimadas no incêndio, que ameaçavam cair, e colocamos telha nova em uma parte da casa.
Reclamações
A principal queixa dos moradores de Campos Elíseos é em relação à montanha de lixo, de cerca de 4 m de altura. Comerciantes relatam terem aumentado os gastos com dedetização.
Uma loja afirma ter sido forçada a fazer um acordo com os moradores da invasão a fim de parar com a mendicância na porta de entrada.
Outro problema é o boato de que a casa atualmente abriga procurados pela polícia. Um porteiro diz ter sido questionado por investigadores sobre suspeitos de homicídio. Isso fez com que todos os entrevistados pedissem para ter seus nomes omitidos na reportagem. Plínio Sales, o delegado-titular do 3º Distrito Policial, que cuida das investigações da região, nega esse rumor.
A assessoria de imprensa da Subprefeitura da Sé, responsável pela região, afirma que, como o imóvel é particular, o dono é o responsável pela limpeza e conservação. Segundo a prefeitura, o proprietário foi notificado para demolir ou reformar o imóvel e recebeu multa de R$ 10.
A limpeza do imóvel também foi cobrada, de acordo com a prefeitura. Neste mês, foi emitida multa por isso. A assessoria não soube informar o valor, mas as multas são calculadas seguindo a fórmula de R$ 506,90 para cada 250 m² de terreno mensalmente.
A Secretaria de Habitação foi procurada pela reportagem, mas não deu resposta.
Julia Chequer/R7
A história dessa ocupação começa com uma situação dramática. Em setembro de 2009, uma mulher que morava nesses imóveis tentou atear fogo ao próprio corpo, o que provocou um incêndio que atingiu os dois imóveis, localizados na alameda Eduardo Prado.
A pensão que lá funcionava foi completamente destruída. A prefeitura chegou a erguer muros e a isolar os imóveis, mas isso foi inútil. Famílias ocuparam o local e, desde então, foram despejadas várias vezes.
Veja mais images da ocupação em : http://migre.me/3FePj
O último despejo se deu em março do ano passado. As famílias, que alegam não terem sido atendidas em programas habitacionais da prefeitura, buscaram a Defensoria Pública, que emitiu ofício pedindo urgência na resolução do caso. Até agora, nada foi feito.
A faxineira Cristiane da Silva se mudou com marido e três filhos para o casarão após ser despejada de uma pensão por falta de pagamento. Pouco tempo depois, foram retirados do local, segundo eles, de forma violenta por funcionários da subprefeitura.
- Tiraram a gente em um desses dias de temporal e saímos com as crianças, no meio daquela chuva, com o risco de adoecer. Não deixaram a gente pegar nada e nos levaram para um abrigo, sem a gente falar com assistente social.
De acordo com Cristiane, a Defensoria Pública orientou que a família retornasse para o terreno até que fossem atendidos por algum programa social. Hoje, quase nove meses depois, moram no local oito adultos e sete crianças em situação extremamente precária.
Paredes rachadas, falta de telhado em algumas partes, goteiras e esgoto a céu aberto são os principais problemas. O entulho retirado do porão foi colocado na frente da casa.
- Chamamos a caçamba para retirar o lixo, mas estamos todos sem emprego aqui e essas coisas não são baratas. Também estamos tentando consertar a casa. Já retiramos a madeiras queimadas no incêndio, que ameaçavam cair, e colocamos telha nova em uma parte da casa.
Reclamações
A principal queixa dos moradores de Campos Elíseos é em relação à montanha de lixo, de cerca de 4 m de altura. Comerciantes relatam terem aumentado os gastos com dedetização.
Uma loja afirma ter sido forçada a fazer um acordo com os moradores da invasão a fim de parar com a mendicância na porta de entrada.
Outro problema é o boato de que a casa atualmente abriga procurados pela polícia. Um porteiro diz ter sido questionado por investigadores sobre suspeitos de homicídio. Isso fez com que todos os entrevistados pedissem para ter seus nomes omitidos na reportagem. Plínio Sales, o delegado-titular do 3º Distrito Policial, que cuida das investigações da região, nega esse rumor.
A assessoria de imprensa da Subprefeitura da Sé, responsável pela região, afirma que, como o imóvel é particular, o dono é o responsável pela limpeza e conservação. Segundo a prefeitura, o proprietário foi notificado para demolir ou reformar o imóvel e recebeu multa de R$ 10.
A limpeza do imóvel também foi cobrada, de acordo com a prefeitura. Neste mês, foi emitida multa por isso. A assessoria não soube informar o valor, mas as multas são calculadas seguindo a fórmula de R$ 506,90 para cada 250 m² de terreno mensalmente.
A Secretaria de Habitação foi procurada pela reportagem, mas não deu resposta.
Julia Chequer/R7
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