São Paulo – A crise econômica mundial está fazendo com que milhares de brasileiros que trabalhavam no exterior voltem para o país natal. Esses ex-emigrantes, que agoram fazem o caminho de retorno, ganharam hoje (10) um centro de apoio específico para ajudá-los a se recolocar no mercado de trabalho.
O Núcleo de Apoio e Informação a Trabalhadores Retornados do Exterior (Naitre) foi aberto nesta segunda-feira, em São Paulo. O escritório é o primeiro do tipo no país e vai atender, principalmente, a brasileiros que viviam no Japão.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que cerca de 70 mil dekasseguis (descendentes de japoneses) retornaram ao Brasil desde o final de 2007, número que representa quase 20% de todos os brasileiros radicados no Japão. E de cada dez dekasseguis que voltam ao Brasil, nove tentam refazer a vida no estado de São Paulo.
O presidente do Instituto de Solidariedade Educacional e Cultural (Isec), Reimei Yoshioka, um dos responsáveis pela administração do Naitre, disse que esses trabalhadores chegam, geralmente, “perdidos” e “cabisbaixos”. A ideia do núcleo de apoio é resgatar a autoestima desses ex-emigrantes e orientá-los para que possam se reintegrar à economia brasileira.
“A experiência que esses trabalhadores tiveram [no exterior] é importante”, afirmou Yoshioka. “Eles conhecem bem a indústria de eletrônicos, a automobilística, de motos e, também, o ramo da produção de alimentos.”
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, participou da inauguração do Naitre e disse que órgãos ligados ao governo vão colaborar com a recolocação dos ex-emigrantes. “O núcleo vai trabalhar com o Sistema Nacional do Emprego [Sine] para verificar as vagas que estão surgindo”, explicou ele. “Temos que dar uma assistência a esse trabalhador.”
O ministério investiu R$ 100 mil no núcleo. O dinheiro foi repassado ao Isec por meio de um convênio. Paulo Sergio de Almeida, presidente do Conselho Nacional de Imigração, disse que o governo estuda criar outros centros desse tipo no país. Um deles, em Governador Valadares (MG), onde vivem muitos brasileiros que trabalharam nos Estados Unidos.
O Naitre de São Paulo funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. O núcleo fica no mesmo prédio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social, na Rua São Joaquim, 381, bairro da Liberdade, tradicional reduto da comunidade asiática em São Paulo.
Edição: Vinicius Doria
Repórter da Agência Brasil
O Núcleo de Apoio e Informação a Trabalhadores Retornados do Exterior (Naitre) foi aberto nesta segunda-feira, em São Paulo. O escritório é o primeiro do tipo no país e vai atender, principalmente, a brasileiros que viviam no Japão.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que cerca de 70 mil dekasseguis (descendentes de japoneses) retornaram ao Brasil desde o final de 2007, número que representa quase 20% de todos os brasileiros radicados no Japão. E de cada dez dekasseguis que voltam ao Brasil, nove tentam refazer a vida no estado de São Paulo.
O presidente do Instituto de Solidariedade Educacional e Cultural (Isec), Reimei Yoshioka, um dos responsáveis pela administração do Naitre, disse que esses trabalhadores chegam, geralmente, “perdidos” e “cabisbaixos”. A ideia do núcleo de apoio é resgatar a autoestima desses ex-emigrantes e orientá-los para que possam se reintegrar à economia brasileira.
“A experiência que esses trabalhadores tiveram [no exterior] é importante”, afirmou Yoshioka. “Eles conhecem bem a indústria de eletrônicos, a automobilística, de motos e, também, o ramo da produção de alimentos.”
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, participou da inauguração do Naitre e disse que órgãos ligados ao governo vão colaborar com a recolocação dos ex-emigrantes. “O núcleo vai trabalhar com o Sistema Nacional do Emprego [Sine] para verificar as vagas que estão surgindo”, explicou ele. “Temos que dar uma assistência a esse trabalhador.”
O ministério investiu R$ 100 mil no núcleo. O dinheiro foi repassado ao Isec por meio de um convênio. Paulo Sergio de Almeida, presidente do Conselho Nacional de Imigração, disse que o governo estuda criar outros centros desse tipo no país. Um deles, em Governador Valadares (MG), onde vivem muitos brasileiros que trabalharam nos Estados Unidos.
O Naitre de São Paulo funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. O núcleo fica no mesmo prédio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social, na Rua São Joaquim, 381, bairro da Liberdade, tradicional reduto da comunidade asiática em São Paulo.
Edição: Vinicius Doria
16:57
10/01/2011
Vinicius Konchinski10/01/2011
Repórter da Agência Brasil
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