Um dos catorze moradores que vivem na praça Jorge Frange aceitou contar sua história de vida à reportagem do JORNAL DE UBERABA. O senhor Carlos Eduardo Danielle disse que desde pequeno guarda rancor da sua família. “Eu nunca recebi carinho dos meus pais. Só tinha amolação e reclamação o tempo todo e mesmo assim consegui vencer na vida. Se você chegar a Itapuã e perguntar quem são os Danielle vai saber mais detalhes da minha tradição familiar”, declara.
O morador contou que era considerado um dos homens mais ricos de São Paulo - onde veio morar desde que casou-se - e que hoje mora na rua, porque desiludiu da vida e deixou o que tinha para sua família. “Minha esposa e minhas duas filhas ficaram com o meu patrimônio. Mesmo deixando os bens para elas, nem sequer recebo um telefonema de uma das minhas filhas para saber se estou bem ou precisando de alguma coisa”, afirma.
Apesar de não querer entrar em detalhes sobre os motivos pelos quais abandonou a família, Carlos Eduardo revelou que era empresário e perdeu um pouco do seu patrimônio por falta de informações e não por causa de gasto com mulheres, bebidas ou drogas. “Eu não uso crack e nem assalto pessoas para ter o que comer. Eu vivo a minha vida vendendo artesanato nesta praça, mesmo tendo deixado uma família bem estruturada”, garante.
Mesmo após se emocionar com as recordações, ele embarga a voz e diz que hoje considera como sua família os moradores de rua, independente de quando acontece alguma briga. “Eu briguei com um companheiro. Não sei como será à noite, mas temos uma união muito forte, em breve espero fazer as pazes. Não gosto de intriga e desentendimentos, porque a maioria das pessoas aqui é gente boa”, declara.
Ele conta que tem dia que não entra dinheiro nem para almoçar, mas nem por isso, pensa em assaltar ou machucar algum dos moradores próximo à praça. “Aqui a gente não passa fome, porque todos dividem o que têm. No último caso, ainda aparece um morador para fazer caridade e traz algo para a gente se alimentar”, finaliza.
Luciana Rodrigues
http://www.jornaldeuberaba.com.br
04/02/2011 às 07:01
O morador contou que era considerado um dos homens mais ricos de São Paulo - onde veio morar desde que casou-se - e que hoje mora na rua, porque desiludiu da vida e deixou o que tinha para sua família. “Minha esposa e minhas duas filhas ficaram com o meu patrimônio. Mesmo deixando os bens para elas, nem sequer recebo um telefonema de uma das minhas filhas para saber se estou bem ou precisando de alguma coisa”, afirma.
Apesar de não querer entrar em detalhes sobre os motivos pelos quais abandonou a família, Carlos Eduardo revelou que era empresário e perdeu um pouco do seu patrimônio por falta de informações e não por causa de gasto com mulheres, bebidas ou drogas. “Eu não uso crack e nem assalto pessoas para ter o que comer. Eu vivo a minha vida vendendo artesanato nesta praça, mesmo tendo deixado uma família bem estruturada”, garante.
Mesmo após se emocionar com as recordações, ele embarga a voz e diz que hoje considera como sua família os moradores de rua, independente de quando acontece alguma briga. “Eu briguei com um companheiro. Não sei como será à noite, mas temos uma união muito forte, em breve espero fazer as pazes. Não gosto de intriga e desentendimentos, porque a maioria das pessoas aqui é gente boa”, declara.
Ele conta que tem dia que não entra dinheiro nem para almoçar, mas nem por isso, pensa em assaltar ou machucar algum dos moradores próximo à praça. “Aqui a gente não passa fome, porque todos dividem o que têm. No último caso, ainda aparece um morador para fazer caridade e traz algo para a gente se alimentar”, finaliza.
Luciana Rodrigues
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04/02/2011 às 07:01
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