Depois de oito anos na Capital e no Rio de Janeiro, chegou a Santo André a revista Ocas. Editada pela Ocas (Organização Civil de Ação Social), a revista é produzida por jornalistas voluntários e tem proposta editorial de revelar iniciativas socioculturais que estejam revertendo resultados positivos para as comunidades e trazer reportagens sobre a realidade brasileira.
Camila Brunelli
O diferente é que a publicação é vendida por moradores de rua que, depois de cadastrados e treinados, vendem as revistas nas ruas, avenidas e pontos culturais, diretamente ao leitor.
Recentemente, 12 adultos em situação de rua atendidos pelo Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) Casa Amarela foram cadastrados. Lá, eles recebereram treinamentos do que é a revista e os assuntos abordados, técnicas de vendas, do código de conduta do vendedor e de como abordar o cliente.
Terapeuta ocupacional da Secretaria de Inclusão Social da cidade, Marilda Favaretto foi atrás da Ocas quando notou que os adultos atendidos precisavam de alguma atividade geradora de renda. "Muitos vendem doces no farol, mas uma coisa é ser um vendedor de bala como qualquer outro. Outra é vender um produto no qual acreditam", comparou. "Agora eles serão vendedores uniformizados, com o colete da Ocas''. Eles precisam dessa identidade."
"Nós estamos felizes porque percebemos que quem começou hoje (ontem) já entendeu que não está vendendo uma revista e sim uma ideia", disse Diego Freire, voluntário da ONG.
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