De acordo com alguns especialistas, as recentes alterações das medidas cautelares do Código de Processo Penal podem inspirar mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 21 anos hoje (13 de junho). Foi o que afirmou, em entrevista para a Agência Brasil, Ariel de Castro Alves, vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
13/07/2011
Entre as novas medidas cautelares previstas no Código de Processo Penal estão o recolhimento à noite; as restrições à circulação em determinados locais; a obrigação de comparecimento diante do juiz; a proibição de sair da área de jurisdição da comarca ou Vara da Infância e da Juventude; e a internação domiciliar.
Para Ariel, a extensão dessas ações a jovens pode ser estudada. Nesse caso, o adolescente não precisaria ficar dentro de uma unidade de internação sujeito a situações que em alguns casos são degradantes e nada sócio-educativas.
Já para a advogada Eloísa Machado, da organização não governamental Conectas, diz que a utilização do Código de Processo Penal para o ECA seria difícil de se sustentar juridicamente porque o estatuto é regido pelo Código de Processo Civil.
Assim como a advogada, o defensor público Sérgio Domingos destaca diversas dificuldades para implementação efetiva do Estatuto. Domingos aponta para a falta de recursos materiais e pessoais para efetivar a liberdade assistida estabelecida no ECA, por exemplo.
Eloísa acrescenta que existem propostas como o aumento do prazo de cumprimento de medida socioeducativa e a redução da maioridade penal. (pulsar)
http://www.brasil.agenciapulsar.org/ lc13/07/2011
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