A medida adotada pela prefeitura do Rio de Janeiro divide especialistas.
Veja vídeo com depoimentos a favor e contra as ações.
Veja vídeo com depoimentos a favor e contra as ações.
Uma das grandes dificuldades de quem trabalha com dependentes químicos, especialmente os que estão nas ruas, é fazer com que os jovens usuários entendam a gravidade do consumo excessivo de drogas e aceitem fazer um tratamento. No Rio de Janeiro, essa dificuldade levou a prefeitura a conseguir na justiça uma autorização para internar menores compulsoriamente. Ou seja, interná-los à força. As imagens desse recolhimento dos menores foram mostradas no Profissão Repórter de terça-feira, 19 de julho.
A medida é polêmica e divide a opinião de especialistas. Daniel Daltin Assis, advogado do Cedeca (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Interlagos, diz que a ação é equivocada e ilegal. “A internação deve ser determinada previamente por um juiz, de forma individualizada e com o uso de um laudo médico. Não pode ser feita de forma genérica”, diz o advogado. Para o Cedeca, a abordagem dos menores deve ser um processo gradual que respeite as individualidades das crianças. E que somente com diálogo e criação de vínculos com os jovens, é possível convencê-los a fazer um tratamento.
Já a psiquiatra Jackeline Suzie Giusti, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, acredita que a internação obrigatória pode sim ajudar. “Quando o usuário está sob efeito da droga, ele não tem capacidade de raciocinar e saber o que é melhor. Com a internação, existe a chance de orientá-lo e motivá-lo a sair da situação de risco”, diz. A médica lembra ainda que, em alguns casos, os jovens podem morrer se não forem tratados.
Debora Pivotto
19/07/2011 21h42- Atualizado em 19/07/2011 21h50
A medida é polêmica e divide a opinião de especialistas. Daniel Daltin Assis, advogado do Cedeca (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Interlagos, diz que a ação é equivocada e ilegal. “A internação deve ser determinada previamente por um juiz, de forma individualizada e com o uso de um laudo médico. Não pode ser feita de forma genérica”, diz o advogado. Para o Cedeca, a abordagem dos menores deve ser um processo gradual que respeite as individualidades das crianças. E que somente com diálogo e criação de vínculos com os jovens, é possível convencê-los a fazer um tratamento.
Já a psiquiatra Jackeline Suzie Giusti, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, acredita que a internação obrigatória pode sim ajudar. “Quando o usuário está sob efeito da droga, ele não tem capacidade de raciocinar e saber o que é melhor. Com a internação, existe a chance de orientá-lo e motivá-lo a sair da situação de risco”, diz. A médica lembra ainda que, em alguns casos, os jovens podem morrer se não forem tratados.
Debora Pivotto
19/07/2011 21h42- Atualizado em 19/07/2011 21h50
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