02/07/2021

O MACABRO RECORDE ,12 MORTES EM UMA ÚNICA SEMANA, POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM SP PEDE SOCORRO. O QUE DEU ERRADO?

 Não é surpresa para ninguém que a gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social sob o comando da secretária Berenice Gianella tem sido um verdadeiro flagelo para a População em Situação de Rua de São Paulo , tomando medidas que beiram a loucura e insanidade, mas é apenas uma falsa impressão, a maldade é friamente calculada como veremos a diante. Mas até para os mais críticos a atitudes da gestão houve grande comoção ao ver as notícias nos jornais como a que reproduziremos a baixo :


Ao menos 12 moradores de rua morrem em onda de frio em SP, diz movimento; prefeitura nega

Movimento Estadual da População de Rua de São Paulo afirma que só na madrugada desta quarta-feira (30), mais quatro moradores de rua acabaram morrendo de hipotermia

Da Redação, com Bora Brasil e BandNews FM

01/07/2021 • 09:55 - Atualizado em 01/07/2021 • 11:35 


Mas o que deu errado? Bem, quando falamos sobre população em situação de rua o assunto sempre é muito complexo e haveria muito a se falar em uma postagem sem duvida não caberia tudo, entretanto, vamos aqui levantar algumas coisas para que você entenda como a gestão de SMADS conseguiu ser mais um problema do que solução para a atuação situação:

- Reorganização dos SEAS promovido pessoalmente pela Secretaria Berenice em 2020 :

 A senhora Secretária sob a alegação que os SEAS eram inúteis e caros para a cidade fechou diversos SEAS -cerca de 9 somente na região central- e colocou no lugar 3 " SEAS Mistos" com menos de 50 % de pessoas trabalhando se comparado aos que existiam anteriormente . Como qualquer pessoal que possua a mínima capacidade cognitiva, desde o início da pandemia em março de 2020 houve um aumento significativo da população nas ruas de São Paulo , ainda assim em novembro Secretária resolveu manter as mudanças propostas e assim foi feito. Resultado ? Muito mais pessoas nas ruas e menos agentes da Assistência Social para atende-los. A Secretária acredita que os SEAS apenas fazem acolhimento que a unica coisa que um orientador faz é chegar para a população atendida e perguntar se quer ir a um albergue ou não... e no pensamento "amébico" que caracteriza  a gestão de Berenice Gianella essa tarefa é facil, e como as pessoas continuam na rua bastava deixar um ou 2 pessoas fazendo isso e seria o suficiente e todo esse dinheiro gasto poderia ser usado um alguma licitação que ela (SMADS) considerasse mais util. Mas ela está certa?




Você já deve ter andado pelas ruas da cidade e se deparado com alguém jogado , sujo e as vezes até visivelmente ferido, um rápido olhar com a mistura de piedade e repulsa é o máximo que a maioria dispensa a essas pessoas . Sabe os únicos que chegam perto dessas pessoas ? Sim eles os trabalhadores dos SEAS ! Eles que vão verificar como estão essas pessoas , chamam a consultório na rua, SAMU se necessário, fazem as ofertas de Assistência necessárias, CONVERSAM. Esse usuário mesmo ruim pode ainda assim rejeitar ser acolhido... naquele dia. Mas os SEAS voltam... sempre voltam ! Mil vezes se for preciso. E talvez no outro dia a pessoa já esteja mais falante e confiando mais na equipe , enfim é um trabalho árduo, minuciosa de formiguinha a depender do caso . Voce que trabalha na Assistência Social sabe que o que escrevemos aqui não é novidade alguma... imagine ter que tentar fazer a Rainha do Gabinete entender que os SEAS vigiam o território, abordam todos independente de o usuário não querer ser acolhido. Poderia continuar falando e explicando a razão, mas não é o objetivo. Com menos pessoas e mais gente para atender e uma pressão constante por atender os chamados do 156 vindos da Central de Vagas criado pela Secretária Berenice com uma empresa que ela trouxe de sua gestão na Fundação Casa os agentes tem prazo para atender a centenas de chamados correr para acolher as pessoas e transporta-las sobrando pouco tempo para esse atendimento e vigilância do território. Aquele usuário que as vezes não consegue nem levantar e fica horas no mesmo lugar talvez não seja abordado afinal o que importa é o número de acolhimentos . Pousar para as fotos e filmagens da própria  SMADs que deseja convencer a população que tudo de melhor está sendo feita e lá se vai vários agente uniformizados ficarem horas parados para garantir uma boa propaganda... 

Equipes sobrecarregadas fazendo plantão de 16 horas virou rotina nos dias mais frios . Os tradicionais aditamentos das Operações Baixas Temperaturas não foi feito, afinal como já dissemos, a secretária não acredita que mais agentes no SEAS se fosse pela vontade dela teríamos menos pessoas ainda. Mesmo que hoje resolvessem aditar os termos e colocar mais equipes até os tramites correrem, contratar pessoas e treinar ( afinal leva algum tempo) não daria tempo hábil para tudo estar pronto para o inverno que já está decorrendo. Ou seja nesse inverno vamos contar apenas com o que temos e nada mais. 

  - A " CENTRAL DE VAGAS" - Outra novidade somada a reorganização dos SEAS é a famigerada " Central de Vagas" que antes eram feito por agentes do SEAS 3 sob supervisão de Servidores Públicos cerca de 6 a 9 pessoas no máximo que controlavam as vagas e outras ações da CAPE/CPAS ( Coordenação de Pronto Atendimento Social  - A Secretária quis inventar a roda e resolveu contratar uma empresa ao custo de MILHÕES de reais o contrato com uma empresa de call center que pasmem agora é o cérebro que coordena uma das mais sensíveis áreas da Assistência Social na Cidade! Resultado: CAOS  a central manda mulheres para acolhimentos apenas masculinos, usuários para acolhimentos onde não há vagas, crianças para SAICAs errados e toda a sorte de confusões que para descrever seria paginas e paginas. Inicialmente a postura da Secretária para impor a nova empresa foi tensionar com toda a Rede tudo que dava errado era culpa dos Centros de Acolhida ; dos SEAS; de qualquer um menos da empresa. Ao invés de buscar  uma postura cooperativa para o novo sistema pretendido entraram com " os dois pés" na porta - ou deveria ser as 4 patas?- isso chamou a atenção de todos a razão pela qual a Secretária protegia com unhas e dentes a empresa recém contratada em detrimento a toda rede da pasta, razões nunca saberemos, apenas podemos especular os motivos...

Mas longe de ser esse o maior problema ... por maior que ele seja. Para justificar a empresa toda a rede tem sido direcionada a concentrar os chamados no 156 e as vagas na central desestimulando a gestão de vagas descentralizadas no território . Por que? bem a empresa ganha por ligação e tratativa se você
ê fizer tudo sozinho aí junto com seu CREAS local alguém vai ganhar menos! Tudo tem de passar para a central ! Não importa que demore horas , que tenha que se fazer fichas mandar por email e ai sim quando enviar a central aguardar a vaga e nisso horas se passaram ... e quem paga o pato ? O usuário que fica horas aguardando e claro fica nervoso e isso é descontado nas costas do nosso pobre orientador nas ruas e nos acolhimentos - afinal a galera que inventa essas coisas estão confortáveis no gabinete esperando a hora do expediente acabar para ir para suas casas- A demora para acolher crianças e adolescentes então é algo absurdo ! Tanto lutamos pela territorialização  dessas  acões e agora a rainha quer tudo no castelo. Coisa pública? 

Você já pensou o quanto essa central de vagas é absurdo ? Não adianta mais ir no creas, seas ou no C.A para ter uma vagas nos acolhimentos é demorado quando não inútil . Tem de ligar no 156 abrir um chamado para que a central mande de volta ao território e assim a pessoa hipotética seja atendida . Lembra quando falamos daquele usuário caído? que mal consegue falar e se ele não tiver um celular ? um telefone publico ( cada vez mais raro de se ver pelas ruas) ? E aqueles usuários que mal conseguem se comunicar seja por uma confusão mental , doença ?  Bem ai colocamos em nossos status incentivando que alguém ligue no 156 por ele e está tudo resolvido? Já pensou essas pessoas a noite tendo apenas a ligação do 156 como acesso a rede - Lembrando que o SEAS 3 que atende a noite por contrato tem como meta " Atender todas as solicitações 156"  o trabalho a noite por razões obvias desfavorece a abordagem semelhantes as que são feitas pelos SEAS dia . Mas ainda assim concentrar tudo no 156 apenas para justificar a existência do serviço de uma empresa a custa da vida e dignidade das pessoas ? Onde nós militantes da Assistência Social estamos com a cabeça que vemos isso e nos calamos? Fingimos que nada disso acontece? Agora talvez tenhamos de pedir cobertores e celulares para a população que vive nas ruas  afinal, morar nas ruas e não poder acionar a assistência social por falta de telefone pode ser um grande problema . 

- Acolhimentos pernoites - Num raro momento de lucides ( provavelmente vindo de uma intervenção divina para explicar tão grande ineditismo) em março de 2020 inicio da pandemia a Secretária Berenice de forma rápida e surpreendente abriu diversos centros de acolhidas emergenciais. Naquele momento se achava que a pandemia poderia causar uma grande tragédia  nessa população mais vulnerável . Foram abertos C.As 24 horas a ideia que essas pessoas ficassem o máximo de tempo dentro dos acolhimentos e evitassem sair  ( lembra do fique em casa? pois bem todos eram incentivados a não sair o mesmo para essas pessoas acolhidas) a adesão foi forte em todos eles... No decorrer do tempo no entanto a Secretária que inventou a roda " quadrada" resolveu abrir outros emergências no pior sistema possível para os usuários o " PERNOITE"  para quem não sabe qual a diferença eu vou tentar resumi : Você acolhe a pessoa a noite e as 7 da manhã do dia seguinte a põe pra fora ! E noi outro dia o ciclo se repete... E claro para o usuário não existe garantia nenhuma que ele consiga vaga naquele local novamente no outro dia, para isso, é necessário chegar cedo a locais pré determinado pegar filas perder horas do dia para garantir sua vaga é uma verdadeira luta e maratona . Razão pela qual muito preferem permanecer nas ruas arrumar seu cantinho e tentar enfrentar o frio e chuva afinal pra que tanta briga para ir a um C.A muitas vezes com uma estrutura precária para ficar umas horas e ser jogado na rua novamente ? Um ou dois dias as pessoas cansam dessa luta e desiste. Mas qual a vantagem desse sistema macabro para a SMADS? Você não imagina ? Vou te contar : Números para imprensa ! Por exemplo na matéria do G1 cujo link deixamos acima a prefeitura diz que existe um local com 124 vagas , oras se fossem fixas logo estariam ocupadas e ninguém mais seria acolhido ! Mas sendo pernoite todo santo dia a SMADS pode dizer que acolhe centenas de pessoas ! Simples né? Tudo isso sem precisar de fato deixar a rede de acolhimento no tamanho proporcional que deveria ter.

Esses são alguns pontos que conseguimos levantar o quanto é macabra a política de Assistência Social inventada pela Secretária Berenice . Ela é como juscelino kubitschek as avessas o plano é fazer 50 anos em 5 de marcha ré na politica de Assistência Social que tanto lutamos para construir ... nunca foi perfeita é fato mas perto do que vemos hoje temos saudades de nossos antigos problemas.

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