O título traz duas perguntas e receio que o restante do texto traga ainda mais questionamentos - ainda que não formalmente elaborados - que respostas. Mas, algumas coisas, sem dúvidas, podem ser respondidas: O que é afinal o tão comentado Housing First?
A ideia deste texto não é explicar detalhadamente todo o conceito e, por isso, vamos pedir licença para usar algumas simplificações. O termo em inglês pode ser traduzido como: "Habitação em primeiro lugar" ou, como mais se consagrou no Brasil: "Moradia Primeiro".
Trata-se de inverter a lógica para intervenção junto à população em situação de rua, que hoje, por exemplo, usamos na Assistência Social que trata a moradia como última intervenção e "porta de saída". A ideia no "Housing First", ao contrário da lógica atual da Assistência Social, entende que a primeira providência é garantir uma moradia AUTÔNOMA, INDIVIDUALIZADA e de natureza NÃO TRANSITÓRIA. Sem que, para isso, o indivíduo tenha que se comprometer previamente a participar de nenhum tipo de iniciativa ou "projeto" e/ou aderir previamente a "tratamento" de nenhuma natureza. A primeira coisa é, portanto, uma moradia e, a partir daí, outras intervenções de educação, psicológicas, entre outras.
Para aqueles que defendem a metodologia, os modelos atuais de Acolhimento Institucional são ultrapassados, ineficazes e drenam recursos públicos de forma inútil e improdutiva, cujo método afasta a população-alvo de aderir à rede socioassistencial, justamente por exigir regras de comportamento e pré-condições para seu atendimento.
As moradias para o Housing First também devem ser pulverizadas entre vários bairros da cidade, alugadas entre moradias "comuns", evitando criar guetos e prédios exclusivos para isso (claro, que esta é a versão norte-americana e europeia; o modelo tropical pode sofrer modificações para deixá-lo ainda mais econômico - supostamente...).
Com isso, ao invés de abrir diversos e caros Centros de Acolhida com poucos resultados, seriam alugadas moradias, que trariam muito mais benefícios à população-alvo, e a toda a comunidade - segundo os defensores do modelo.
Tentamos, em poucas palavras e de forma MUITO resumida, trazer o conceito do "Moradia Primeiro", que, aliás, não é um debate exatamente novo, mas que ganhou força e visibilidade com um vídeo do Secretário de Assistência Social Carlos Bezerra trazendo à tona a temática.
Mas, então, descobrimos a solução final para o problema da população em situação de rua, cada vez maior, e a resistência de muitas delas em aderir aos modelos existentes? Bem, aí só o futuro responderá, isso supondo que o modelo seja implantado, é claro. Mas, supondo que seja, convenhamos, é um modelo bem superior ao "BARRACÓDROMO" proposto por algumas entidades, "fóruns" e pela ex-Secretária - o famigerado "projeto" consistia em CONCENTRAR BARRACAS (sim, um campo de concentração de barracas) em terrenos "abertos" onde a população poderia morar (claro, ela teria de ter barraca, quem não tivesse uma, deveria aderir a outro modelo); o custo mensal seria maior que o de vários centros de acolhida.
O modelo proposto no Housing First é bem diferente, válido sem duvida, de ser tentado, e dando os resultados replica-lo de forma sistemática.
Muito ao ouvirem esse tema lembraram do "work first" ... lembram? Ah! você deve conhecer por outro nome " Trabalho Novo" consistia em basicamente uma premissa genial : Criar 20 Mil empregos para a População em situação de Rua - que era o número estimado a época para essa população na cidade- e como todos estariam empregados não haveria mais população nas ruas e pronto! Problema resolvido ! Sim na época a ideia causou algum cetismo -justificado- da maioria que ouvia incredulos que algúem realmente acreditava que seria tão simples resolver as coisas, afinal, simples e genial, como ninguém havia pensado nisso antes ? O resultado vocês sabem, aliás, para surpresa de 0% da população .
O conceito de Moradia Primeiro, no entanto, é muito mais consistente,testado e razoável . E num país com nosso déficit habitacional , quem poderia rejeitar uma moradia fixa ? A adesão seria muito grande com certeza! Possível até que se algo assim fosse implementado atrairia até o público que reside em moradias precárias para o hipotético programa .
É necessário com certeza que novos metodos sejam trazidos e testados, e quanto a nós, os ultrapassados operadores do "arcaico" modelos de Assistência Social, talvez seja a hora de repensar as abordagens metodológicas, pois, até que os novos modelos sejam implantados o nosso desafio todos os dias é grande e só faz aumentar .
Sem dúvida estamos todos ansiosos por contribuir na dimunuição do sofrimento da população de rua que nunca esteve tão fragilizada como hoje em dia.
Caso queira se aprofundar e estudar mais o tema sugerimos essa "cartilha" disponibilizada no site do GOVERNO FEDERAL .Depois nos conte o que achou.
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PARA QQ MODELO TEM DE TER MUITA VONTADE POLITICA E NAO VEJO ISSO EM NENHUMA ESFERA QUEREM SE POSSIVEL PROJETOS PARA TIRAR DA FRENTE E VIDA QUE SEGUE AS PESSOAS TEM DE SEREM INSERIDAS E CONSULTADAS PARA QQ PROJETO TEMM DE ESTAR JUNTO SE N A COISA NAO ANDA ESSA E A RELIDADE TENHO OUTRAS IDEIAS SINCERAMENTE SE ESSE SECRETARIO SEGUIR ESTE PROJETO VAI COLOCAR 100 EM ALGUMAS CASAS E MOSTRAR QUE ESTAO FAZENDO ALGO ISSO NAO E POLITICA PUBLICA ISSO NAO MUDA VIDAS O PROJETO HABITACIONAL TEM DE SER CONJUNTO NAS TRES ESFERAS
ResponderExcluirEu acredito vendo... quem viver verá .
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