O CAE Idoso Casa Verde, na rua Antônio Vera Cruz, bairro da Casa Verde, Zona Norte de São Paulo. — Foto: Reprodução/GoogleStreetView |
São Paulo - A madrugada de segunda-feira (27) foi marcada por um acontecimento trágico no Centro de Acolhida Especial para Idosos (CAEI) - Casa Verde, localizado na Rua Antônio Vera Cruz, na Zona Norte de São Paulo. O idoso Francisco Ferreira Lima, de 67 anos, foi morto por um colega de abrigo, de 71 anos, conhecido apenas como J.F.A., que apresentava problemas psiquiátricos. O incidente aconteceu dentro da instituição administrada pela Organização Social CROPH (Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana), gerando grande consternação.
Francisco, que morava no centro de acolhida desde setembro de 2019, foi atacado com um extintor de incêndio durante um surto do agressor. Segundo relatos de amigos próximos de Francisco, ele já havia expressado preocupação à administração do abrigo sobre o comportamento instável de J.F.A., que colocava em risco a segurança dos outros moradores.
A Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) emitiram notas lamentando o ocorrido. A Prefeitura destacou que o agressor estava na rede socioassistencial desde agosto de 2018, e que ele fazia acompanhamento psiquiátrico no CAPS Adulto. J.F.A. foi preso em flagrante após o ataque. Uma vistoria realizada no abrigo em outubro de 2023 não havia identificado irregularidades.
Este caso chama a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas instituições de assistência social no cuidado de indivíduos com transtornos psiquiátricos. A complexidade em gerir essas situações é agravada pela falta de recursos, treinamento especializado e suporte adequado dentro das instalações de acolhimento. O incidente destaca a necessidade de uma avaliação mais criteriosa das condições de saúde mental dos acolhidos e de estratégias mais eficazes para o manejo de crises.
Especialistas apontam que o acompanhamento de pessoas com transtornos psiquiátricos em ambientes coletivos requer um plano de cuidado individualizado, com acesso constante a profissionais de saúde mental e monitoramento regular. Além disso, é fundamental que haja uma maior integração entre os serviços de assistência social e de saúde mental, garantindo um suporte contínuo e eficiente.
O caso do CAEI Casa Verde ressalta a urgência em repensar as políticas públicas e as práticas institucionais voltadas para o cuidado de pessoas com problemas psiquiátricos em ambientes de acolhimento social. A segurança, o bem-estar psicológico e emocional de todos os acolhidos devem ser prioridade, exigindo um olhar atento e humanizado para cada indivíduo, especialmente aqueles com necessidades especiais de saúde mental.
14/08/2023
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