06/06/2024

Valorizar para Transformar: Regulamentação da Profissão de Orientador Socioeducativo Já!

 


Os Heróis Invisíveis da Assistência Social em São Paulo

Em meio às luzes da cidade de São Paulo, nos cantos mais escuros e nas madrugadas frias, estão os orientadores socioeducativos. Silenciosos e dedicados, eles são os verdadeiros heróis da assistência social, trabalhando incansavelmente para transformar vidas e oferecer um raio de esperança àqueles que mais precisam. No entanto, a realidade é dura: esses profissionais, tão essenciais, não recebem o reconhecimento que merecem.

Apesar de muitas vezes ouvirmos discursos inflamados sobre a importância dos orientadores socioeducativos, a prática mostra um cenário bem diferente. Na linha de frente, esses profissionais enfrentam diariamente o preconceito e a desvalorização. Por possuírem, em sua maioria, nível médio técnico, são muitas vezes subestimados por colegas e gestores. A competência técnica deles é colocada em dúvida, ignorando-se a complexidade e a importância de seu trabalho. Existe quem defenda que somente técnicos de nível superior executem esses trabalhos.

É na rua, nas praças, junto às populações mais vulneráveis, que o papel dos orientadores socioeducativos se revela essencial. São eles que, com empatia e dedicação, oferecem apoio, orientação e uma mão amiga a quem mais precisa. Eles escutam histórias de dor, lutam contra a invisibilidade e constroem, tijolo por tijolo, um caminho de dignidade para tantas pessoas esquecidas pela sociedade.

Recentemente, um vídeo da Secretária de Assistência Social abraçando um orientador socioeducativo e falando da importância deles gerou muita comoção. Para muitos orientadores, ouvir palavras de reconhecimento da gestora máxima da pasta foi algo profundamente impactante. Esse gesto trouxe um sentimento de valorização e elevou a autoestima desses profissionais .

Esse momento de reconhecimento, embora raro, destaca a importância de valorizarmos continuamente esses profissionais. É crucial que toda a assistência social — gestores, técnicos e todos os envolvidos — adote essa postura de valorização. O trabalho dos orientadores socioeducativos é vital para o funcionamento da assistência social, e seu reconhecimento deveria ser a norma, não a exceção.

Há, contudo, uma luz no fim do túnel. Iniciativas que buscam valorizar esses profissionais estão em andamento. Um passo crucial na direção certa é o Projeto de Lei nº 2.941-A, de 2019, que regulamenta a profissão de educador social. Este projeto define o caráter pedagógico e social da profissão, destacando a importância das ações afirmativas, mediadoras e formativas realizadas pelos educadores sociais. Além disso, o projeto especifica o campo de atuação desses profissionais, abrangendo contextos educativos em âmbitos escolares, institucionais, comunitários e sociais, sempre com o objetivo de promover a justiça social e os direitos humanos.

O reconhecimento formal da profissão de educador social, conforme estabelecido no PL 2.941-A/2019, fortalece a importância do trabalho desses profissionais na promoção da cidadania e no enfrentamento das desigualdades sociais. Esse projeto de lei representa um passo fundamental na valorização e regulamentação da profissão, assegurando melhores condições de trabalho e formação para os educadores sociais.

O Fórum da Assistência Social (FAS), ciente da importância dessa causa, está se mobilizando para encampar uma campanha que pressione pela rápida tramitação desse projeto. O FAS já demonstrou sua força e comprometimento com a valorização dos orientadores socioeducativos em outras ocasiões. Há alguns anos, o FAS iniciou uma campanha pela inclusão do direito à insalubridade para os orientadores da proteção social especial. Na época, essa iniciativa foi criticada por diversos setores, inclusive falsos fóruns, que alegavam que isso estigmatizaria o público atendido. No entanto, o FAS defendeu firmemente que isso era uma forma de valorização da profissão e de reconhecer direitos importantes, similares aos que os agentes dos consultórios na rua possuem. Afinal, ambos trabalham com o mesmo tipo de público e em condições similares, e é justo que tenham os mesmos direitos.

É crucial ressaltar que o FAS está ao lado dos orientadores para construir uma assistência social melhor, mas também precisa do engajamento de todos os orientadores e profissionais da assistência social. A força do Fórum está no engajamento coletivo de todos na luta por direitos e reconhecimento.

Vamos juntos nessa campanha. Vamos lutar para que nossos heróis invisíveis sejam valorizados como merecem. Porque, no fim das contas, a assistência social em São Paulo só é possível graças a eles. E é hora de reconhecermos isso, não apenas em palavras, mas em ações concretas.



CALENDÁRIO DAS PLENÁRIAS ORDINÁRIAS  NO PRIMEIRO SEMESTRE :

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